uncionários do Twitter impactados pelas demissões em massa implementadas após a aquisição de Elon Musk estão entrando com uma ação coletiva contra a empresa. O bilionário planeja reduzir o número de funcionários do Twitter pela metade, o que significaria cerca de 3.700 pessoas perdendo seus empregos, mas a equipe alega que a falta de aviso é uma violação da lei federal e da Califórnia.

A Bloomberg relata que os funcionários entraram com uma ação coletiva no tribunal federal de São Francisco no mesmo dia que alega que a mudança viola a Lei de Notificação de Ajuste e Reciclagem de Trabalhadores dos EUA (WARN).

As demissões em massa do Twitter

A WARN Act exige que as empresas com 100 ou mais funcionários forneçam um período de aviso prévio de 60 dias aos trabalhadores antes de fazer qualquer demissão que afete 50 ou mais pessoas, dando-lhes tempo suficiente para encontrar outro emprego ou treinar novamente.

Washington Post escreve que um e-mail foi enviado aos funcionários do Twitter ontem notificando-os sobre os cortes de empregos planejados. 

Eles foram informados de que receberiam um e-mail hoje às 9h, horário do Pacífico, com o assunto “Sua função no Twitter”. Aqueles que mantiverem seus empregos serão notificados no e-mail da empresa, enquanto aqueles que os perderem serão informados por meio de seu e-mail pessoal.

Segundo o Twitter, as demissões são “infelizmente necessárias para garantir o sucesso da empresa no futuro”. A empresa disse que seus escritórios serão temporariamente fechados e todos os acessos por crachá serão suspensos hoje “para ajudar a garantir a segurança de cada funcionário, bem como dos sistemas do Twitter e dos dados dos clientes”.

O processo pede que o tribunal emita uma ordem forçando o Twitter a obedecer à Lei WARN. Também quer impedir que a empresa obrigue funcionários a assinar documentos que possam retirar seu direito de litigar.

“Apresentamos esta ação esta noite na tentativa de garantir que os funcionários estejam cientes que não devem renunciar aos seus direitos e que eles têm um caminho para buscar seus direitos”, disse Shannon Liss-Riordan, a advogada que apresentou a queixa, à Bloomberg.

Este não é um terreno novo para Musk. Em junho, a Tesla foi atingida por uma ação movida por dois ex-funcionários por alegações de que sua decisão de demitir cerca de 10% de sua força de trabalho violava a Lei WARN – Liss-Riordan também lidou com esse caso. 

Um juiz federal decidiu a favor da Tesla e forçou os trabalhadores nesse caso a buscar suas reivindicações em arbitragem a portas fechadas.

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