A Apple está prestes a revelar detalhes de seu ambicioso projeto GenAI, ao contrário de seus concorrentes que já lançaram aplicativos com diversos graus de sucesso. A empresa afirmou que deseja evitar as falhas notórias da tecnologia com uma abordagem cautelosa, parte da qual envolve contornar a IA baseada em nuvem em favor de soluções processadas localmente.
Segundo o Financial Times, registros de contratação da Apple, declarações anteriores e comentários de analistas sugerem que a empresa apresentará os resultados de seus investimentos em IA generativa ainda este ano. Os futuros produtos da Apple provavelmente utilizarão modelos de IA generativa por meio de hardware embutido, em vez de serviços em nuvem.
Embora a Apple tenha sido cautelosa em relação a chatbots de IA generativa ou geradores de imagens como OpenAI, Microsoft, Google e Adobe, a empresa fez investimentos significativos no setor. Um relatório de setembro passado indicava que a empresa estava gastando milhões por dia em vários projetos de IA que utilizam texto, voz e imagens.
O CEO da Apple, Tim Cook, reconheceu os investimentos da empresa em maio passado, afirmando que deseja evitar os problemas enfrentados por empresas como Google e OpenAI como pioneiras. No meio do impulso inicial, a IA generativa se tornou notória por sua falta de confiabilidade, problemas de direitos autorais e demandas massivas de energia.
O analista da Wedbush Securities, Daniel Ives, disse ao FT que ficaria surpreso se a Apple não concluísse um negócio notável relacionado à IA este ano, referindo-se às 21 startups de IA adquiridas pela gigante de Cupertino desde 2017. Além disso, a Morgan Stanley relata que quase metade das postagens de empregos de IA da Apple mencionam aprendizado profundo, indicando um impulso agressivo no setor.
A Morgan Stanley também espera que o lançamento do iOS 18 da Apple na Worldwide Developers Conference em junho se concentre em IA. O maior modelo de linguagem natural (LLM) da empresa, internamente chamado de “Ajax GPT”, pode se tornar o motor por trás de uma versão aprimorada de sua assistente virtual, Siri.
Os modelos de IA da Apple podem tirar proveito dos motores neurais de seus chips mais recentes, como o M3 e o A17 Pro. Da mesma forma, Unidades de Processamento Neural estão no centro do recente impulso da Intel em direção a PCs de IA com seus processadores para notebooks Meteor Lake, que a Microsoft pode seguir rapidamente e complementar com uma nova versão alimentada por IA do Windows.
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No entanto, o indicador mais claro do objetivo da Apple de processar LLMs em seus dispositivos é o artigo de pesquisa da empresa deste mês, que propôs a utilização de memória flash para a tarefa. Google e Samsung recentemente apresentaram smartphones que usam hardware de IA embutido para edição de imagem, tradução de texto em tempo real, pesquisa e outras tarefas.
