IDE, acrônimo de Integrated Drive Electronics, é um tipo padrão de cabos de conexão para dispositivos de armazenamento em um computador. Nesse artigo nos falaremos um pouco sobre o que é um cabo IDE?

Em resumo: Um cabo IDE (Integrated Drive Electronics) é um tipo de cabo de conexão usado para transferir dados entre dispositivos de armazenamento, como discos rígidos (HDDs) e unidades de CD/DVD, e a placa-mãe de um computador. O cabo IDE possui várias linhas de fios agrupadas em um único cabo plano.

Os cabos IDE são compostos por um conector retangular de 40 ou 80 pinos em uma extremidade, que é inserido nos conectores correspondentes na placa-mãe e no dispositivo de armazenamento. As extremidades opostas do cabo geralmente têm conectores menores para fornecer energia aos dispositivos.

Os cabos IDE foram amplamente utilizados em computadores pessoais até o final dos anos 2000, quando foram gradualmente substituídos pelos cabos SATA (Serial ATA), que oferecem uma taxa de transferência de dados mais rápida. Os cabos IDE possuem limitações de velocidade e comprimento, o que os torna menos eficientes em comparação com os cabos SATA modernos.

Aqui está uma tabela que descreve diferentes versões, tipos e usos de cabos e conectores IDE:

VersãoTipo de Cabo e ConectorUso
ATA-1Cabo de 40 pinosConexão de dispositivos IDE, como discos rígidos e unidades de CD/DVD, em computadores pessoais.
ATA-2Cabo de 40 pinosMelhorias na taxa de transferência e suporte a dispositivos de armazenamento maiores. Introduziu o modo de transferência de dados PIO (Programmed Input/Output) e o modo de transferência de dados DMA (Direct Memory Access).
ATA-3Cabo de 40 pinosAumentou ainda mais a taxa de transferência de dados e melhorou a compatibilidade com dispositivos mais rápidos.
ATA/66Cabo de 40 pinosIntroduziu a tecnologia de transferência de dados de 66 MB/s.
ATA/100Cabo de 40 pinosAumentou a taxa de transferência para 100 MB/s.
ATA/133Cabo de 40 pinosAumentou a taxa de transferência para 133 MB/s.
ATA-6Cabo de 80 pinosIntroduziu o conector de 80 pinos para melhorar o desempenho e a qualidade do sinal. Também adicionou recursos como o comando de devolução de leitura (Read Look-Ahead).
ATA-7Cabo de 80 pinosIntroduziu o recurso de host-assisted drive initialization para facilitar a instalação e configuração dos dispositivos IDE.
ATA-8Cabo de 80 pinosAdicionou suporte a recursos avançados, como Native Command Queuing (NCQ) e hot-plugging (conexão e desconexão de dispositivos enquanto o sistema está ligado).

É importante notar que as versões e recursos específicos podem variar dependendo dos fabricantes e das implementações individuais. Essa tabela fornece uma visão geral dos principais marcos e características dos cabos e conectores IDE ao longo do tempo.

Agora detalharemos mais um pouco esta informação pra você.

cabo ide
CABO IDE PATA

O que é IDE?

IDE, sigla para Integrated Drive Eletronics, teve seus primeiros HDs lançados em 1986 e foi o primeiro padrão que integrou a controladora com o disco rígido. No início, as primeiras placas tinham somente uma entrada IDE e outra FDD, do driver de disquete.

Embora o standard tenha tido a designação ATA desde sempre, o mercado inicial divulgou a tecnologia como IDE (e sucessora E-IDE). Mesmo com estas designações meramente comerciais e não standards oficiais, estes termos aparecem muitas vezes simultaneamente: IDE e ATA.

O termo Integrated Drive Electronics (IDE) refere-se não somente à definição do conector e interface, mas também ao fato do controlador estar integrado na drive, não estando separado na/ou ligado à placa-mãe.

Com a introdução do Serial ATA em 2003, esta configuração foi retroativamente renomeada para Parallel ATA (ou PATA, ATA Paralelo) referindo-se ao método como os dados eram transferidos pelos cabos desta interface.

Posteriormente, tiveram pelo menos duas, sendo uma primária e outra secundária. O protocolo ATAPI (AT Attachment Pack Interface) foi criado para integrar placa de som, unidades de CD-ROM, caixinhas e microfone com o drive de IDE, e logo assumiu o posto com padrão.

Geralmente, o IDE refere-se aos tipos de cabos e portas usados ​​para conectar alguns discos rígidos e unidades ópticas entre si e com a placa-mãe. Um cabo IDE, portanto, é um cabo que atende a essa especificação.

Algumas implementações IDE populares que você pode encontrar em computadores são: PATA (Parallel ATA), o padrão IDE mais antigo, e SATA (Serial ATA), a mais recente.

Às vezes, o IDE também é chamado IBM Disc Electronics ou apenas ATA (Parallel ATA). No entanto, IDE também é um acrônimo para Integrated Development Environment, mas isso se refere a ferramentas de programação e não tem nada a ver com cabos de dados IDE.

Leia também: PATA: O que é e para quê serve o conector e cabo PATA / IDE

Por que você precisa saber o que significa IDE

É importante poder identificar uma unidade IDE, cabos IDE e portas IDE ao atualizar o hardware do computador ou comprar novos dispositivos que você conectará ao computador.

Por exemplo, saber se você possui ou não um disco rígido IDE determinará o que você precisa comprar para substituir seu disco rígido. 

Se você possui um disco rígido SATA e conexões SATA mais recentes, mas compra uma unidade PATA mais antiga, verá que não pode conectá-la ao computador com a facilidade que esperava.

O mesmo vale para gabinetes externos, que permitem executar discos rígidos fora do computador por USB. Se você possui um disco rígido PATA, precisará usar um gabinete que suporte PATA e não SATA.

Fatos importantes do cabo IDE

Os cabos de fita IDE possuem três pontos de conexão, diferentemente do SATA, que possui apenas dois. Uma extremidade do cabo IDE é, obviamente, conectar o cabo à placa-mãe. 

Os outros dois estão abertos para dispositivos, o que significa que você pode usar um cabo IDE para conectar dois discos rígidos a um computador.

De fato, um cabo IDE pode suportar dois tipos diferentes de hardware, como um disco rígido em uma das portas IDE e uma unidade de DVD em outra.

Se dois dispositivos estiverem conectados ao cabo IDE simultaneamente, os jumpers deverão ser configurados corretamente.

Um cabo IDE tem uma faixa vermelha ao longo de uma borda, como você vê abaixo. É esse lado do cabo que geralmente se refere ao primeiro pino.

Leia também: Quais as diferenças entre SSDs PCIe vs. SATA?

Se estiver com problemas para comparar um cabo IDE com um cabo SATA, consulte a imagem abaixo para ver o tamanho dos cabos IDE. As portas IDE são parecidas porque terão o mesmo número de slots de pinos.

Por mais importante que seja diferenciar entre PATA e SATA, é realmente impossível conectar acidentalmente um cabo SATA em um slot IDE ou um cabo IDE em um slot SATA.

A velocidade de um dispositivo conectado ao IDE depende não apenas de seus próprios recursos, mas também do cabo que está sendo usado. Por exemplo, se você conectar um cabo lento a um disco rígido rápido, a unidade funcionará apenas o mais rápido que o cabo permitir.

Tipos de cabo IDE

Os dois tipos mais comuns de cabos de fita IDE são o cabo de 34 pinos, usado para unidades de disquete e o cabo de 40 pinos para discos rígidos e unidades ópticas.

Os cabos PATA podem ter uma velocidade de transferência de dados de 133 Mbps ou 100 Mbps a 66 Mbps, 33 Mbps ou 16 Mbps, dependendo do cabo. 

Enquanto a velocidade de transferência do cabo PATA atinge o máximo de 133 MBps, os cabos SATA suportam velocidades de até 1.969 Mbps. 

Leia também: SATA: O que e para quê serve e como funciona o Serial ATA?

O Padrão IDE

Os primeiros HDs com interface IDE foram lançados em 1986 e na época isto já foi uma grande inovação porque os cabos utilizados já eram menores e havia menos problema de sincronismo, o que deixava os processos mais rápidos.

Inicialmente, não havia uma definição de padrão e os primeiros dispositivos IDE apresentavam problemas de compatibilidade entre os fabricantes. O ANSI (American National Standards Institute), em 1990, aplicou as devidas correções para padronização e criado o padrão ATA (Advanced Technology Attachment).

Porém com o nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu, embora algumas vezes fosse chamado de IDE/ATA.

As primeiras placas tinham apenas uma porta IDE e uma FDD (do drive de disquete) e mais tarde tiveram ao menos duas (primária e secundária).

Cada uma delas permite a instalação de dois drives, ou seja, que podemos instalar até quatro Discos Rígidos ou CD/DVD-ROMs na mesma placa. Para diferenciar os drives instalados na mesma porta, existe um “jumper” para configurá-los como master (mestre) ou slave.

Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de Discos Rígidos e é por isso que há um tempo os computadores ofereciam como diferencial os famosos “kits multimídia”, que eram compostos por uma placa de som, CD-ROM, caixinhas e microfone.

O protocolo ATAPI (AT Attachment Packet Interface) foi criado para fazer a integração deste tipo de drive com o IDE, de forma que se tornou rapidamente o padrão.

Leia também: Saiba tudo sobre o SATA externo (eSATA), seus usos e tecnologias

Misturando dispositivos de Cabo IDE e SATA

Em algum momento da vida útil de seus dispositivos e sistemas de computador, um provavelmente usará uma tecnologia mais nova que o outro. 

Você pode ter um novo disco rígido SATA, por exemplo, mas um computador que suporte apenas IDE.

Felizmente, existem adaptadores que permitem conectar o dispositivo SATA mais recente a um sistema IDE mais antigo.

Outra maneira de misturar dispositivos SATA e IDE é com um dispositivo USB. Em vez de ter que abrir o computador para conectar o dispositivo SATA, como o adaptador de cima, este é externo; portanto, você pode conectar os discos rígidos IDE (2,5 polegadas ou 3,5 polegadas) e SATA a este dispositivo e conectá-los ao seu computador através de uma porta USB.

Leia também: SATA: O que e para quê serve e como funciona o Serial ATA?

O que é o IDE aprimorado (EIDE)?

EIDE é a abreviação de IDE aprimorado e é uma versão atualizada do IDE. Também possui outros nomes, como Fast ATA, Ultra ATA, ATA-2, ATA-3, IDE rápido e IDE expandido.

O EIDE é usado para descrever as taxas mais rápidas de transferência de dados além do padrão IDE original. Por exemplo, o ATA-3 suporta taxas tão rápidas quanto 33 Mbps.

Outra melhoria no IDE observada com a primeira implementação do EIDE foi o suporte a dispositivos de armazenamento de até 8,4 GB.

Pinagem do cabo IDE

Os cabos 40 pinos padrão IDE são enumerados abaixo com a função que desempenham.
 

Número do pinoNome do sinalDireção do sinalPino do barramento AT
1-Reset <- B2
2GroundB1
3D7<-> A2
4D8<->C11
5D6<->A3
6D9<->C12
D5<->A4
8D10<->C13
9D4<->A5
10D11<->C14
11D3<->A6
12D12<->C15
13D2<->A7
14D13<->C16
15D1<->A8
16D14<->C17
17D0<->A9
18D1<->C18
19GroundB1
20Key
21Reserved
22GroundB1
23-IOW<-B13
24GroundB1
25-IOR<-B14
26GroundB1
27-IOCHRDY->A10
28SPSYNC/ALE<-B28
29Reserved
30GroundB1
31INTRQ->D7
32-IOCS16->D2
33ADDR1<-A30
34 -PDIAG
35ADDR0<-A31
36ADDR2<-A29
37-CS1FX
38-CS3FX
39-DASP
40GroundB1

Leia também:

Descrição dos Pinos:

  • RESET: Ativo depois de no mínimo 25 microssegundos depois que o sinal lógico tenha se estabilizado
  • D0 a D15: Barramento bidirecional de dados. D0 a D7 são usados durante a transferência de dados de 8 bits.
  • KEY: Não é uma conexão nem possui um pino, mas faz parte da estrutura para evitar que o plug seja conectado erradamente.
  • IOW: É o sinal strobe de escrita.
  • IOR: É o sinal strobe de leitura.
  • –IOCHRDY: Registra os pedidos de escrita/leitura quando o dispositivo não está pronto para recebe-los ou para responder aos sinais. Quando não desempenha este papel está em alta impedância.
  • SPSYNC: Sincronismo Spindle. Pode ser tanto entrada como saída variando de acordo com uma chave, master/slave. Quando o HD está selecionado para master é um sinal de saída, se selecionado para slave é um sinal de entrada. Não existe nada que impeça alguém de selecionar dois dispositivos como master, porém para o sistema ser operável existem algumas normas a seguir tais como só poder existir um HD desempenhando o papel de master, dentre outros.
  • INTRQ: É usado para interromper o sistema quando este possui uma solicitação de interrupção.
  • IOCS16. Indica ao sistema que a porta de 16 bits foi endereçada e que o dispositivo está preparado para enviar/receber a palavra de 16 bits.
  • ADDR0-2: Usado para selecionar um registro ou uma porta de dados no dispositivo.
  • -PDIAG: é ajustado pelo dispositivo 1 para indicar que o dispositivo 2 já enviou as informações solicitadas.
  • – CS1FX: É um selecionador de chip gerado pelo circuito de decodificação de endereço, é usado para acessar o oitavo bloco de comandos no registro.
  • -CS3FX: É um selecionador de chip gerado pelo circuito de decodificação de endereço. Este sinal é válido durante transferências de 8 bits de/para o bloco de controle de registros.
  • -DASP: É um sinal de tempo multiplexado que indica que um dispositivo está ativo ou que o dispositivo 1 está presente.

Agora que você sabe mais sobre o que é um cabo IDE, se você tiver dúvidas, perguntas ou sugestões, sinta-se a vontade para deixar abaixo nos comentários.

Perguntas Frequentes

Qual a diferença do HD SATA para o IDE?

A grande diferença entre essa interface e a sua antecessora é que, no caso da IDE, os dados eram transferidos paralelamente, um ao lado do outro, enquanto no caso da SATA, a transferência ocorre um atrás do outro, como se fosse em uma fila.

O que é o cabo IDE?

IDE (Integrated Drive Electronics) é uma interface criada para conectar dispositivos ao computador. Um controlador ou adaptador de disco rígido IDE basicamente conecta diretamente o barramento ISA ao cabo de 40 pinos padrão IDE.

Como ligar um HD IDE via USB?

Com o HD ligado à fonte de alimentação e ao adaptador, basta conectar este último na porta USB. Em alguns segundos o sistema operacional reconhecerá o disco rígido e você poderá acessar normalmente a unidade.

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