A AMD confirmou que utilizará arquiteturas híbridas em seus futuros processadores de consumo, substituindo assim os núcleos uniformes das CPUs por uma combinação de núcleos de alto desempenho, núcleos de eficiência e aceleradores, seguindo os passos da Intel. A empresa não divulgou uma linha do tempo definitiva para essa mudança, mas confirmou que o novo design trará variações não apenas na densidade dos núcleos, mas também no tipo de núcleo e em sua configuração.

Conforme o CTO da AMD, Mark Papermaster, em entrevista ao editor-gerente adjunto do Tom’s Hardware, Paul Alcorn, durante a conferência ITF World em Antuérpia, Bélgica, essa mudança introduzirá “núcleos de alto desempenho misturados com núcleos de baixo consumo de energia e aceleração”. Segundo o executivo, os designs híbridos serão baseados nas necessidades específicas de cada aplicativo, pois apenas a contagem de núcleos não atende eficazmente a clientes com requisitos variados.

Essa confirmação ocorre após a AMD ter introduzido uma estrutura híbrida para seus APUs Ryzen 7040 ‘Phoenix’, incluindo aceleração de inteligência artificial. No entanto, esses processadores ainda utilizam núcleos uniformes genéricos, assim como outros CPUs de consumo da empresa.

As arquiteturas de núcleos híbridos existem há alguns anos no espaço x86 sendo apresentadas pela Intel com seus processadores Alder Lake em 2021. Alder Lake foi a primeira linha de CPUs x86 de consumo a contar com uma combinação de núcleos de alto desempenho e eficiência, visando melhorar o consumo de energia. Enquanto os núcleos de alto desempenho possuem velocidades de clock elevadas e suporte a hiperthreading, os núcleos de eficiência consomem menos energia e ocupam menos espaço no chip em comparação aos núcleos mais potentes.

A mesma ideia também é utilizada pela ARM no desenvolvimento de SoCs para smartphones, em que as arquiteturas híbridas permitem que os processadores ofereçam desempenho de ponta ao mesmo tempo em que reduzem o consumo de energia. Enquanto os núcleos de alto desempenho alimentam os aplicativos e serviços em primeiro plano, os núcleos de eficiência são usados para tarefas em segundo plano que geralmente não exigem grande poder de processamento.

Além disso, Papermaster discutiu os planos da AMD de integrar inteligência artificial no processo de design,

teste e verificação de chips da empresa, afirmando que a AMD já utiliza inteligência artificial para melhorar o desempenho e reduzir o consumo de energia. Papermaster também confirmou que a empresa planeja utilizar inteligência artificial generativa de forma mais ampla no design de chips no futuro.

Ao responder a uma pergunta sobre a possibilidade de a inteligência artificial um dia projetar microarquiteturas, Papermaster afirmou que é plausível que ela possa “construir a partir de designs existentes” no futuro. No entanto, ele procurou tranquilizar quanto ao medo de que a inteligência artificial possa substituir os projetistas de chips. Segundo ele, “Ela (IA) não substituirá os projetistas, mas acredito que possui uma capacidade tremenda para acelerar o processo de design”.

Essas declarações da AMD confirmam a tendência crescente de adoção de arquiteturas híbridas em processadores, tanto no mercado de consumo quanto em dispositivos móveis. Com a combinação de núcleos de alto desempenho, núcleos de eficiência e aceleradores, os fabricantes buscam otimizar o equilíbrio entre desempenho e consumo de energia, atendendo às demandas variadas dos usuários.

O uso de inteligência artificial no design de chips também promete impulsionar a eficiência e a velocidade desse processo, permitindo a criação de soluções mais avançadas e adaptadas às necessidades específicas de cada aplicativo.

Com a confirmação da AMD sobre sua transição para arquiteturas híbridas em processadores de consumo, espera-se que a empresa traga inovações significativas em termos de desempenho e eficiência energética em seus futuros lançamentos.

A evolução das arquiteturas híbridas em processadores

A adoção de arquiteturas híbridas em processadores tem se mostrado uma tendência crescente no mercado, permitindo um equilíbrio mais eficiente entre desempenho e consumo de energia. Com núcleos de alto desempenho, núcleos de eficiência e aceleradores combinados, os fabricantes buscam atender às demandas cada vez mais diversificadas dos usuários.

Integração de inteligência artificial nos chips da AMD

Além da transição para arquiteturas híbridas, a AMD também está investindo na integração de inteligência artificial em seus chips. A utilização de IA no design, teste e verificação de chips já traz benefícios significativos em termos de desempenho e eficiência energética. A empresa também planeja explorar ainda mais o potencial da inteligência artificial generativa para aprimorar o processo de design de chips no futuro.

A confirmação da AMD sobre o uso de arquiteturas híbridas em seus processadores de consumo reflete a busca contínua por inovação e otimização de desempenho e eficiência energética. A combinação de núcleos de alto desempenho, núcleos de eficiência e aceleradores permitirá que a empresa atenda às necessidades variadas dos usuários.

Além disso, a integração de inteligência artificial nos chips da AMD promete impulsionar ainda mais a eficiência e a velocidade do processo de design, possibilitando a criação de soluções mais avançadas e adaptadas às demandas do mercado.

A adoção de arquiteturas híbridas não é uma novidade exclusiva da AMD. A Intel, por exemplo, já havia introduzido essa abordagem com seus processadores Alder Lake em 2021. Esses processadores foram os primeiros a combinar núcleos de alto desempenho e eficiência, resultando em uma melhor eficiência energética e desempenho aprimorado.

A ARM, por sua vez, utiliza arquiteturas híbridas em seus sistemas em chips (SoCs) para smartphones, permitindo um equilíbrio ideal entre desempenho e consumo de energia. Essa abordagem garante um desempenho poderoso para os aplicativos em primeiro plano, enquanto os núcleos de eficiência cuidam das tarefas em segundo plano, economizando energia.

No entanto, é importante ressaltar que o uso de arquiteturas híbridas e inteligência artificial não significa o fim dos projetistas de chips. Pelo contrário, a expertise humana continua sendo essencial para o desenvolvimento de soluções inovadoras e personalizadas. A inteligência artificial atua como uma ferramenta poderosa para acelerar o processo de design e otimizar o desempenho, mas a criatividade e o conhecimento dos projetistas são fundamentais para garantir o sucesso desses chips no mercado.

Em resumo, a AMD confirmou sua transição para o uso de arquiteturas híbridas em seus processadores de consumo, visando oferecer uma combinação eficiente de desempenho e eficiência energética. Além disso, a empresa está investindo no uso de inteligência artificial para melhorar o processo de design de chips. Essas iniciativas refletem a constante busca por inovação e aprimoramento tecnológico por parte da AMD, visando atender às demandas cada vez mais exigentes dos consumidores.

Leia também: AMD Revela Série de Processadores EPYC Embedded 9004 no Embedded World 2023

Exit mobile version